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Praticar para aprender
Nesta seção serão apresentados temas muito importantes para você refletir sobre quais áreas poderá seguir na sua atuação profissional – não necessariamente você tenha de escolher uma delas, isso depende da especificidade da sua formação (licenciatura ou bacharel), do público em que estará atuando e seus objetivos. Os assuntos estão divididos em quatro partes: Atuação na área escolar/pedagógica; Área da saúde; Área de treinamento esportivo; e Área da cultura, lazer e recreação. Pelos seus nomes, é possível deduzir os objetivos e caminhos a serem seguidos, com variadas intenções.
No ambiente escolar, o profissional de educação vai desenvolver suas atividades atreladas a alguns aspectos, como ano de estudo (ensino fundamental e médio), seus objetivos específicos, idade (cronológica e biológica, associados às características maturacionais), gênero (masculino e feminino), além de outras particularidades de cada escola e de cada aluno. Nesse contexto, o esporte educação ou educacional é mais indicado, o que não significa que o esporte saúde ou cultural/lazer/recreação não pode ser incorporado.
Por outro lado, o esporte rendimento, estruturado no treinamento esportivo, tem por objetivo alcançar altos rendimentos. Ele atenderá um público seletivo, para o qual o desempenho esportivo é o foco principal. Aspectos como idade, gênero e fases do crescimento também devem ser levados em consideração.
Nesta seção, procuraremos apresentar e discutir estes quatro temas, para que você, aluno, verifique com clareza e consiga diferenciar os objetivos, os conteúdos e as metodologias de ensino a ser desenvolvidas.
Anderson, docente de uma faculdade de Educação Física, se destaca por ser um profundo conhecedor da área do Treinamento Esportivo. Ele foi procurado por Mário, um colega da mesma instituição, que está desenvolvendo um projeto de preparação física em uma equipe de basquetebol em sua cidade. Mário já tem um conhecimento bem avançado na área, que é um campo de atuação do profissional de Educação Física muito procurado e importante no esporte.
Quando os dois se encontraram, Mário expos a Anderson que está preparando a programação da temporada de competição que acontecerá no próximo ano; e, por já estar finalizando a temporada atual, já quer adiantar algumas etapas do treinamento de sua equipe. Porém, para isso necessita de ajuda do colega para resolver algumas questões relacionadas à área, como quais os melhores meios e métodos de treinamento; como escolher a carga de treinamento, testes motores; e definir a periodização do treinamento.
Para Anderson ajudar Mário, recorreu aos temas discutidos nesta unidade sobre o campo de atuação profissional, mais especificamente na área do treinamento esportivo.
Portanto, aluno, espero você fique muito atento sobre o que vamos discutir, pois, além de ampliar seus conhecimentos nessas áreas especificas, também surgirão outras possibilidades de atuação profissional.
conceito-chave
Atuando na área escolar/pedagógica
Para que o profissional de Educação Física possa atuar na área escolar/pedagógica, é necessário que haja em sua formação acadêmica a habilitação da licenciatura ou alguma graduação generalista. Segundo o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física), uma das especificidades de atuação profissional é a Regência/docência em Educação Física, e suas ações de intervenção são: programar, planejar, Identificar, organizar, coordenar, dirigir, supervisionar, avaliar, desenvolver e lecionar os conteúdos dos componentes curriculares da disciplina Educação Física, no Ensino Fundamental, na Educação Infantil, Médio e Superior e das atividades de características técnico-pedagógicas (Ensino, Pesquisa e Extensão) na área das disciplinas de formação técnico-profissional no Ensino Superior cujo objetivo é a formação profissional.
A atuação desse profissional no ambiente escolar deverá ser construída pelas recomendações da Lei de Diretrizes Básicas (LDB) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério de Educação, que apontam a divisão escolar entre ensino fundamental e médio, além de apresentar os objetivos de cada fase. As etapas do ensino fundamental se dividem em 1°, 2°, 3°, 4° e 5° ano (fundamental I), normalmente com idades de 6 a 10 anos, na qual o aluno inicia o processo de alfabetização e recebe conteúdos de atividades lúdicas que proporcionam o desenvolvimento motor, cognitivo e social.
Espera-se que, no 5º ano, a criança já esteja preparada para dar início a uma nova fase, na qual os campos do conhecimento são ampliados e o aluno passa a ter contato com uma quantidade maior de professores. Os anos finais do ensino fundamental são divididos em 6°, 7°, 8° e 9° ano (fundamental II), com idades entre 11 e 14 anos. Nesse momento é exigida mais maturidade dos estudantes, e são apresentados conteúdos mais complexos. Além disso, é uma etapa importante porque representa uma estrutura complexa que será abordada no ensino médio.
Já o ensino médio é dividido em 1°, 2° e 3° ano, com estudantes de idades entre 15 e 17 anos. A partir do conhecimento da divisão das etapas da escolaridade dos estudantes, o próximo passo é conhecer os objetivos da Educação Física de cada etapa.
Educação Física: objetivos para o primeiro ciclo (fundamental I)
Ao final do primeiro ciclo, espera-se que os alunos sejam capazes de:
• Participar de diferentes atividades corporais buscando adotar uma atitude solidária e cooperativa sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por razões físicas, sociais, culturais ou sexuais.
• Ter conhecimento de algumas de suas limitações corporais para poder estabelecer algumas metas pessoais (quantitativas e qualitativas).
• Poder valorizar, conhecer, refletir e desfrutar das diferentes manifestações de cultura corporal pertinentes do cotidiano.
• Estruturar, de modo independente, algumas brincadeiras, jogos ou outras atividades corporais simples.
Educação Física: objetivos para o segundo ciclo do ensino (fundamental II)
Ao final do segundo ciclo, espera-se os alunos sejam capazes de:
• Envolver-se em atividades corporais respeitando e reconhecendo seu desempenho motor e das características físicas, assim como de seus colegas, sem discriminá-los por características físicas, pessoais, sociais ou sexuais.
• Demonstrar respeito mútuo, solidariedade e dignidade em situações lúdicas e esportivas, procurando solucionar os conflitos de forma passiva.
• Conhecer as possibilidades e os limites do próprio corpo podendo controlar algumas atividades corporais com independência e valorizá-las como recurso para conservação da própria saúde.
• Valorizar, conhecer, desfrutar e apreciar algumas das variadas manifestações da cultura corporal, adotando uma postura não discriminatória e preconceituosa, seja por razões sociais, culturais e sexuais.
• Estruturar brincadeiras, jogos e outras atividades corporais, valorizando-as como recurso para seu próprio uso dentro do tempo disponível.
Educação Física: objetivos para o terceiro ciclo (ensino médio)
Os objetivos principais da Educação Física Escolar é fazer com que o aluno conheça seu corpo, adote e valorize hábitos saudáveis como uma das principais características da qualidade de vida e atue com responsabilidade em relação à própria saúde e à saúde coletiva (BRASIL, 1997).
A Educação Física no Ensino Médio tem como objetivo contribuir com o aluno no sentido de compreender o funcionamento do organismo humano, reconhecer e modificar as atividades corporais como forma de valorização e melhoria de suas aptidões físicas, dando possibilidade para desenvolver as noções conceituais de esforço, volume, intensidade e frequência.
Esses saberes devem ser aplicados em suas práticas corporais com reflexões sobre as informações específicas da cultura corporal, nutrindo a capacidade de reinterpretá-las e discerni-las em bases científicas e assumindo uma postura independente na seleção de atividades e procedimentos para a aquisição ou manutenção da saúde, além de proporcionar uma postura ativa na prática das atividades físicas, com consciência da importância delas na vida do cidadão. (BRASIL, 1997).
A atuação do profissional de Educação Física na área escolar/pedagógica tem como público as mais variadas idades, gêneros e diversidades especiais que devem ser consideradas no momento de estruturação de seus projetos pedagógicos de ensino, incluindo os métodos de avaliação, sempre respeitando as diferenças individuais de seus alunos e seus níveis de desempenho.
Assimile
Caro aluno, como nesta seção discutimos sobre a atuação do profissional de Educação Física na área escolar/pedagógica, é importante reforçar sobre o papel da pedagogia no esporte.
Pedagogia do Esporte é a adequação das práticas esportivas em favor da educação formal e não formal de pessoas e do desenvolvimento integral de estudantes das mais variadas faixas etárias. Cabe aos profissionais da área promover a aprendizagem socio esportiva e estimular a prática de atividades físicas que estão aliadas não apenas ao desenvolvimento físico, mas também com a melhora da saúde e qualidade de vida.
Atuando na área do treinamento esportivo
A área do treinamento esportivo é destinada ao desenvolvimento do esporte competitivo e de alto rendimento. O professor de Educação Física que atuará nesta área preferencialmente tem a formação a habilitação em bacharelado, curso de esporte ou áreas afins.
Como na área escolar, as ações do profissional também envolvem: diagnosticar, identificar, organizar, planejar, supervisionar, dirigir, executar, ministrar, programar, prescrever, orientar, coordenar, avaliar, desenvolver e aplicar métodos e técnicas de aprendizagem, orientação, aperfeiçoamento e treinamento técnico, tático e físico de modalidades esportivas, na área formal e não formal.
O profissional poderá atuar em clubes, associações, equipes desportivas e outras entidades que desenvolvem o esporte com caráter competitivo. Nessa área, são desenvolvidos aspectos e características técnicas, táticas e físicas. Os modelos técnicos e táticos a ser trabalhados dependem das modalidades esportivas, mas quem define as especificidades são os profissionais que se especializam em determinadas modalidades esportivas e atuam como técnicos ou assistentes técnicos.
Outros setores no esporte que se associam ao treinamento desportivo são as áreas da fisiologia, biomecânica, análise de sistemas, psicologia, nutrição e áreas médicas. Especificamente, quem pretende atuar profissionalmente no treinamento esportivo se especializa na preparação física, com diversas ações e responsabilidades, tanto na iniciação desportiva quanto no alto rendimento.
A preparação física é um componente do sistema de treinamento do desportista e tem como objetivo propiciar o desenvolvimento e aperfeiçoamento em um nível máximo (ótimo) para o desempenho na modalidade específica (GOMES, 2009). Atualmente, no âmbito do Treinamento Desportivo, uma das preocupações direciona-se ao entendimento do processo de preparação a longo prazo para que se possa formar indivíduos capazes de realizar ou mesmo suportar as exigências que determinado desporto solicita (BORIN, et al., 2007).
Para desenvolver atividades no Treinamento Esportivo, é necessário compreender como se estrutura o esporte e seu caráter competitivo. A periodização do treinamento em etapas e fases é considerada o ponto de partida para a estruturação da temporada competitiva. Os períodos são divididos em: preparação, competição e transição; e as etapas, em: geral e específica, pré-competitiva, competitiva e regenerativa; e as fases se dividem em: aquisição, manutenção e perda. A periodização do treinamento é subdividida em ciclos – macrociclo (ciclo maior), o mesociclo (ciclo médio) e o microciclo (ciclo menor) –, além das unidades (dias) e a sessão (treino propriamente dito), sendo que todos eles têm seus objetivos e tempos de duração preestabelecidos, dependendo da modalidade e das competições que irão participar.
Dentro de uma estrutura de periodização de treinamento também são desenvolvidas as capacidades motoras, sendo elas: força muscular, resistência, velocidade, coordenação e flexibilidade. Para designar o que será desenvolvido em cada sessão de treinamento, é necessário estipular a carga de treinamento, identificada através do nível de desempenho demonstrada na avalição física através dos “testes motores” aplicados nos atletas.
Carga de treinamento pode ser definida como qualquer atividade física com característica aeróbia ou anaeróbia que possibilita ao indivíduo desenvolver capacidades físicas. Testes motores é um termo genérico usado em Educação Física e Esporte para indicar qualquer teste para medir alguma qualidade, capacidade ou característica.
A carga de treinamento é identificada e controlada através do volume e intensidade, sendo que o volume está associado ao aspecto quantitativo, e a intensidade, ao qualitativo. A aplicação da carga no treinamento é desenvolvida através de meios e métodos, sendo os meios os locais, os instrumentos, aparelhos e o exercício físico; e os métodos mais utilizados são: contínuo e intervalado.
Como já foi observado, a área do Treinamento Esportivo busca a excelência no esporte, ou seja, procura elevar o desempenho do atleta ao máximo. Portanto, necessita de estudos bem aprofundados e atualizados para cada setor ou aspecto que se pretende desenvolver. Esse especialista está graduado para atuar em diversos esportes ou modalidades esportivas, basta analisar e buscar conhecimentos da estrutura competitiva de cada esporte, ou seja, a especificidade do momento competitivo de cada modalidade. Por isso é um campo bastante reconhecido e importante no cenário do esporte moderno.
Reflita
Caro aluno, vários aspectos sobre Treinamento Esportivo foram abordados, desde a organização e estruturação da temporada desportiva, passando pela periodização de treinamento, seus períodos, fases e etapas, até os ciclos, que são divididos em maiores, médios e pequenos. Vimos também que a Carga de Treinamento é baseada nas avaliações e testes aplicados nos atletas. Sendo assim, verificamos que, para prescrever, orientar e controlar a carga do treino, utilizamos dois principais fatores importantíssimos: Volume e Intensidade. Por isso, vou lançar aqui alguns questionamentos para sua reflexão. O que pode ser considerado Volume e Intensidade na carga de treinamento? Qual é a relação entre estas duas variáveis no contexto da estruturação da carga de treino? E, ainda, durante a temporada desportiva, como quantificar estas variáveis dentro dos determinados períodos de treinamento?
Atuando no campo da saúde
Para o profissional de Educação Física atuar no campo da saúde, ele pode ter na sua formação acadêmica uma habilitação específica da área, pois a saúde é desenvolvida tanto no ambiente escolar quanto fora dele, em academias, clubes, associações, SPAs, clínicas e outros locais pertinentes, tanto de forma individual (personal training) quanto coletiva.
O campo da saúde é classificado nas especificidades de atuação profissional na Orientação de atividades físicas. Segundo o CONFEF, contemplam intervenções como: identificar, supervisionar, planejar, coordenar, organizar, dirigir, executar, assessorar, programar, dinamizar, prescrever, desenvolver, avaliar, orientar, aplicar métodos e técnicas motoras variadas, orientar, aperfeiçoar e ministrar os exercícios físicos, objetivando otimizar, reabilitar, promover e aprimorar as funções orgânicas fisiológicas e condicionamento do desempenho físico. Essas intervenções devem orientar os indivíduos para um estilo de vida ativo e que promova o bem-estar, o lazer, a educação, a sociabilização, a expressão estética do movimento, compensação de distúrbios funcionais, as ações preventivas de doenças, o restabelecimento de capacidades físicas, a cidadania, a autoestima, a manutenção da qualidade de vida e da saúde da população em geral.
A saúde é, ou deveria ser, o objetivo principal de toda atividade física realizada pelas pessoas. Há uma série de benefícios que ela pode proporcionar, entre eles: a prevenção do risco de ocorrência de doenças cardíacas, de diabetes, da obesidade e da hipertensão arterial; contribui diretamente na melhora da mobilidade e do equilíbrio; diminui a ansiedade e a depressão; e auxilia na manutenção de uma boa condição física. Sempre é bom lembrar que, no Brasil, os índices de obesidade e sobrepeso são altíssimos, levando a sérias complicações degenerativas que aumentam a mortalidade. Por isso, a prática de atividade física e a organização nutricional são recomendadas na tentativa de diminuição desses índices e da ocorrência dessas doenças crônico-degenerativas.
É importante que o profissional esteja atualizado sobre alguns conceitos e definições dos termos “saúde”, “aptidão física” e as dimensões tanto da saúde quanto da aptidão física que levam as pessoas a terem melhor qualidade de vida e um estilo de vida saudável. Uma das definições conhecidas sobre saúde é da Organização Mundial da Saúde (1978), assim referida: “multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados ao completo bem-estar físico, mental, social e espiritual”. A agência ainda acrescenta que não basta apenas não estar doente para ter saúde, é preciso apresentar evidências ou atitudes que afastem ao máximo os fatores e os comportamentos de risco que possam precipitar o surgimento das doenças. Para Bouchard (1990), a saúde (negativa e positiva) seria uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por um “continuum” com polos positivos e negativos. A saúde positiva estaria associada à capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a saúde negativa estaria associada à morbidade e, no extremo, à mortalidade. As dimensões da saúde são divididas em: promoção, conservação e educação (específica da área da educação física); prevenção e controle de doenças, e a reabilitação da saúde (associadas à área médica).
A aptidão física é conceituada como conjunto de atributos que se possui ou que se pode adquirir em relação à capacidade de realizar esforços físicos, dividida em aptidão física relacionada a saúde e aptidão física relacionada ao desempenho atlético. No primeiro caso, está associada a fatores biológicos que oferecem alguma proteção ao aparecimento de distúrbios orgânicos induzidos pelo estilo de vida sedentário; e, no segundo caso, a atributos biológicos necessários à prática mais eficiente dos esportes.
Sobre as dimensões da aptidão física relacionadas à saúde, podem ser divididas em: dimensão morfológica (composição corporal e distribuição da gordura corporal), dimensão funcional motora (função respiratória, consumo máximo de oxigênio, função musculoesquelética, força, resistência muscular e flexibilidade), dimensão fisiológica (pressão sanguínea, tolerância à glicose, sensibilidade insulínica, oxidação de substratos, níveis de lipídeos sanguíneos e perfil das lipoproteínas) e dimensão comportamental (tolerância ao estresse).
A partir deste construto de saúde e aptidão física e suas dimensões é que o profissional irá desenvolver suas atividades, tanto com as crianças e adolescentes no ambiente escolar quanto com os diversificados públicos fora desse ambiente, selecionando as capacidades motoras para cada um dos determinados seguimentos, com prescrição, orientação e controle do exercício físico.
Exemplificando
Nesta seção, vimos que um dos campos que o profissional de Educação Física pode atuar é na área da saúde. Sendo assim, aluno, você poderá se especializar neste campo caso pretenda trabalhar neste seguimento. Como vimos, os locais e públicos para esta atuação são muito variados.
Um setor que está em alta é o Personal Training, que desenvolve trabalhos físicos individualizados. Essa é uma atividade muito importante, com resultados mais precisos. A individualização da atenção aos praticantes permite que o cuidado do profissional seja maior em relação a fatores como estatura, massa corporal, IMC, percentual de gordura, massa magra, frequência cardíaca máxima, de repouso e reserva, além de medidas respiratórias.
Atuando no campo da cultura, recreação e lazer
Para atuar no campo da cultura, recreação e lazer, o profissional de Educação Física deve ter, na sua formação acadêmica, a habilitação para isso, tanto na licenciatura quanto no bacharel ou esportes, cada qual com sua especificidade, ou seja, ambiente escolar e não escolar, formal o informal. Segundo o CONFEF, a atuação profissional na Recreação contempla tarefas como: identificar, organizar, diagnosticar, planejar, coordenar, supervisionar, dirigir executar, assessorar, programar, dinamizar, desenvolver, ministrar, avaliar, prescrever, orientar e aplicar atividades físicas de características lúdicas e recreativas que objetivem otimizar, promover e restabelecer o entendimento do lazer ativo e bem-estar psicossocial, e as relações socioculturais das pessoas.
Recreação é uma atividade de lazer, sendo o lazer tempo discricionário. A "necessidade de fazer algo para a recreação" é um elemento essencial da biologia humana e da psicologia. As atividades recreativas são muitas vezes feitas para felicidade, diversão, passar o tempo ou prazer e são consideradas "divertimento".
Na Educação Física, a recreação e o lazer são duas atividades consideradas importantes no desenvolvimento de uma criança e de um adolescente, em ambiente escolar ou fora dele, numa situação formal ou não formal. Ao realizar essas atividades, os participantes adquirem aprendizados de forma gradativa, natural e prazerosa, podendo desenvolver habilidades em integração com o grupo, como: locomoção, espírito esportivo, raciocínio, criação de estratégias, resistência física e psicológica, criatividade, motivação, espírito de liderança, comunicação, noções de tempo e espaço, interpretação de situações, compreensão dos limites dos outros, coragem, curiosidade, motricidade, convivência, desinibição, respeito ao próximo, saber perder e enfrentar a derrota, aceitação dos próprios limites, além de autonomia, cooperação e atenção. Todos esses fatores servem para reconhecer erros e corrigi-los de forma sadia.
Ao aplicar essas atividades, o profissional de Educação Física estará, entre outras coisas, garantindo o direito proclamado pela Declaração Universal dos Direitos da Criança, no artigo 7º, que ressalta o direito ao brincar: “Toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas garantir a ela o exercício pleno desse direito”.
Existe uma variedade de jogos e brincadeiras que abrangem o universo da criança e do adolescente que pode ser utilizada nas escolas ou fora dela. Sobre as atividades culturais, podemos observar que, com o passar dos tempos, a cultura popular remanescente manifesta em atividades como as festas juninas, brincadeiras e danças folclóricas cede espaço a outras práticas, e hoje quase não são mais realizadas. Portanto, cabe ao profissional de Educação Física, em qualquer ambiente, incluir em suas programações de lazer e recreação parte dessas atividades culturais, procurando resgatar essas tradições de valor histórico.
Conclui-se que a prática do lazer, recreação e cultura deve ser defendida como fator fundamental da ótima experiência pedagógica, pois sabemos e concordamos que essas atividades estão presentes na vida das pessoas por meio das manifestações esportivas, buscando valores como: a cultura, a socialização, a interação e a autoestima dos participantes.
Caro aluno, ao final desta seção você pode ter observado que o campo de atuação profissional da Educação Física é bem amplo e que ele nos proporciona uma gama de possibilidades, seja em um ambiente escolar ou não, formal ou não formal; com fins educacionais/pedagógicos; para promoção da saúde ou para maximizar o rendimento esportivo; ou, ainda, com atividades de cultura/recreação/lazer. portanto conhecê-las e posteriormente aprofundá-las é um ótimo caminho a se buscar. Faça sua escolha e boa sorte!
Faça valer a pena
Questão 1
Para desenvolver atividades no treinamento esportivo, é necessário compreender como se estruturam o esporte e o seu caráter competitivo. Na sua organização, a periodização do treinamento e seus períodos, etapas e fases são considerados o ponto de partida para a estruturação da temporada competitiva.
Neste sentido, assinale a alternativa que corresponde aos períodos da periodização do treinamento.
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Correto!
Na organização da estruturação do treinamento esportivo, a periodização do treinamento da temporada é o principal alicerce na temporada esportiva, sendo divido em três períodos: o primeiro que se prepara técnica e física principalmente (período de preparação). A segunda que desenvolve além, da técnica e física, também a parte tática (período de competição) e a terceira que procura realização a recuperação do atleta e prepará-lo para próxima temporada (período de transição).
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Questão 2
A atuação do profissional de Educação Física no ambiente escolar deverá ser fundamentada nas recomendações Lei de Diretrizes Básicas (LDB) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério de Educação, que definem a divisão escolar no ensino fundamental e médio e apresentam os objetivos de cada fase da formação escolar. Verificar quais são os objetivos educacionais de cada etapa é essencial ao educador físico.
Sobre os objetivos das etapas de formação escolar, assinale alternativa que indica um objetivo do ensino fundamental I (1° ao 5° ano).
Correto!
Embora todas as alternativas apresentem parte dos objetivos do ensino fundamental I, é na alternativa A que verificamos um objetivo específico da etapa, principalmente quando se refere a brincadeiras, jogos ou outras atividades corporais simples.
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Questão 3
É importante que o profissional conheça e esteja atualizado sobre alguns conceitos e definições dos termos “saúde”, “aptidão física” e as “dimensões tanto da saúde quanto da aptidão física”, que levam as pessoas a melhorarem a qualidade de vida e adotarem um estilo de vida saudável.
Assinale a alternativa que indica a divisão das dimensões da saúde.
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Correto!
As dimensões da saúde devem ser desenvolvidas na área da educação, ou em ações multidisciplinares, e são divididas em: promoção, conservação e educação (específica da área da Educação Física); prevenção e controle de doenças, e reabilitação da saúde (associadas com a área médica).
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Referências
BORIN, J. P. et al. Buscando entender a preparação desportiva a longo prazo a partir das capacidades físicas em crianças. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v.3, n.1, [s. p.], 2007.
BOUCHARD, C. et al. Exercise, fitness and health: a consensus of current knowledge. Champaign: Human Kinetics, 1990.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental: 1997. Disponível em: https://bit.ly/2Tx1NCc. Acesso em: 4 maio 2021.
CONFEF. Conselho Federal de Educação Física. Disponível em: https://bit.ly/3wIWaPA. Acesso em: 4 maio 2021.
GOMES, A. C. Treinamento desportivo: Estruturação e Periodização. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
GONÇALVES, P. S.; HERNADEZ, S. S. S.; RONCOLI, R. N. Recreação e lazer. Porto Alegre: SAGAH, 2018. Disponível em: https://bit.ly/3uCGzQj. Acesso em: 4 maio 2021.
NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida. 4. ed. Londrina: Midiograf, 2006.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Habitual physical activity and health. WHO Regional Publications, European series. n. 6. Copenhagen: Regional Office for Europe, 1978.
RECREAÇÃO. In: Wikipedia. Disponível em: https://bit.ly/2R5R80k. Acesso em: 4 maio 2021.